quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rede particular forma mais docentes

Renata Cafardo e Maria Rehder

Mais de 70% dos professores aptos a lecionar no ensino básico do País se formaram em universidades privadas. Apenas em três áreas - Francês, Química e Física - há mais concluintes de instituições estaduais, federais ou municipais, segundo estudo feito pelo Ministério da Educação (MEC).

Os números refletem a realidade do mercado do ensino superior brasileiro, em que a maioria dos alunos freqüenta cursos particulares. Porém, em geral, as instituições privadas têm notas mais baixas do que as públicas nas avaliações oficiais. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o grande problema é que a maioria desses professores atua em escolas públicas, comprometendo a qualidade do ensino.

Hoje, 80% das funções docentes estão nas redes estaduais e municipais. Haddad tem declarado que o aumento do número de docentes formados em universidades públicas passou a ser seu principal objetivo. Para isso, lançou programas, como o polêmico Reuni, em que ofereceu mais verbas para universidades federais que aumentassem suas vagas em licenciaturas.

As instituições apresentaram projetos de expansão ao MEC. O aumento previsto será de 45%, segundo Dilvo Ristoff, diretor de Educação Básica Presencial da Capes/MEC e autor do estudo sobre a procedência dos professores. Hoje, há cerca de 49 mil vagas nas federais para formar docentes. Além disso, os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), que hoje formam profissionais em tecnologia, serão transformados em institutos e terão licenciaturas em Física, Química, Matemática e Biologia. Outras vagas serão abertas por meio da educação a distância.

Para o educador da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) Artur Costa Neto, uma das diferenças entre a formação de instituições públicas e algumas confessionais é que elas mantiveram a duração de quatro anos nos cursos de licenciatura. "Em busca de mais alunos e de mais lucro, particulares formam em três anos, de maneira precária."

Veja a reportagem completa acessando:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080710/not_imp203427,0.php

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